terça-feira, 22 de março de 2011

No poupar é que está o ganho


Muito se tem falado na crise e nos PECs para a resolver/controlar e todos nós ficamos cada vez mais confusos com o que se passa na realidade. As pessoas que como eu não são da área da Economia e Gestão, surpreendem-se todos os dias com o que se aprova e tenta pôr em prática, com vista à sua solução mas, para meu espanto (devo ser um perfeito imbecil) pouco vejo em medidas destinadas a diminuir a despesa do Estado, e pouco ou nada de correcção ao ainda maior endividamento das Empresas e dos Particulares.
O meu pai sempre me ensinou um princípio que me parece basilar e de bom senso em tudo o que se refere a questões de dinheiro: quem não tem dinheiro...não tem vícios! Mas, parece-me bem que este princípio foi completamente descurado por todos e, agora, aqui d'El-Rei.
Não consigo compreender como, em todas estas medidas, não se ataque com seriedade e firmeza a despesa supérflua do Estado e apenas se tomem algumas medidas de cosmética, deixando por resolver o problema de base.
Assim, e mesmo sujeitando-me a ser apelidado de demagogo (é o costume para quem defende aquilo que vou escrever) há uma série de medidas que ajudariam a reduzir definitivamente muitas das despesas do Estado, a saber: 1 - Diminuição do número de deputados no Parlamento, para o mínimo previsto na Constituição; 2 - Acabar com as mordomias de quem tem direito a reformas chorudas por meia dúzia de anos de trabalho; 3- Reduzir ou mesmo acabar com as Consultodorias Externas a que o Estado passa a vida a receorrer apenas para alimentar alguns escritórios de advogados bem colocados na nossa praça; 4 - Fixar tectos salariais para os Gestores Públicos de molde a que ninguém pudesse ganhar mais do que o Presidente da República e sem as benesses escandalosdas inerentes aos cargos (cartões de crédito, água, luz, gás, casa e segurase saúde, entre algumas delas); 5 - Reduzir os cargos superiores das Forças Armadas para metade ou menos ainda pois parece-me que ao dar-se um pontapé numa pedra, sai um General ou um Almirante; 6 - Acabar-se com os Governos Civis, 7 - Acabar-se com as Empresas Municipais como tal, que só servem para aumentar as despesas do erário público; 8 - Renegociarem-se as parcerias público-privadas para serem transformadas en contratos decentes e justos e evitar-se assim o esbulho dos dinheiros públicos; 9 - Reduzir-se o número de pessoas nos Conselhos de Administração da coisa pública; 10 - Acabar-se com alguns dos escândalos da Função Púiblica, como seja a vergonha do subsídio de residência aos Juízes da maneira que é feito; 11 - Acabar-se com essa nefanda figura das entidades de regulação que nada fazem senão servir os interesses de quem regulam e não o dos cidadãos; 12 - Fundir/ encerrar Institutos Públicos para os quais não se vê utilidade tendo em vista o que custam a todos nós; 13 - Reequacionar-se toda a política de apoio às "Fundações" que só servem para parasitar o Estado, com a honrosa excepção da Fundação Calouste Gulbenkian, essa sim, uma verdadeira Fundação.
Aqui estão enumeradas uma série de medidas que permitiriam poupar mais de 3-5% do PIB! E agora falem em demagogia!
Ficará para um outro escrito, a enumeração de algumas medidas do lado das receitas do Estado que também contribuirão para reduzir ainda mais o déficite público mas, pelo lado das receitas como por exemplo o taxar-se as mais valias em Bolsa.
Mas, por ora, fico-me por aqui apenas deixando a interrogação: será que estas medidas se fossem executadas não permitiriam evitar o tocar-se no ordenado de quem trabalha ou nas pensões de quem está reformado?
O Grafiti com o porquinho-mealheiro talvez ficasse bem mais gordinho com estas medidas:-)))

2 comentários:

  1. Assim, como eles fazem, também "resulta".... Para eles, claro! Vai lá perguntar-lhes se o porquinho deles não está contente?! O meu só tem "marcelinhos". Quanto é que será um "marcelinho" em "euros"?
    Directamente da Terra do Porco para o Blogspot e Facebook!!!!

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